OBSERVATÓRIO DA PAX
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domingo, 30 de novembro de 2014
Papa na Turquia: Violência que procura justificação religiosa merece a mais forte condenação, porque Deus é vida e paz | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
sábado, 29 de novembro de 2014
ADVENTO 2014: 1º DOMINGO DO ADVENTO
São objectivos da política agrícola [p]romover a melhoria da situação económica, social e cultural dos trabalhadores rurais e dos agricultores, o desenvolvimento do mundo rural, a racionalização das estruturas fundiárias, […] e o acesso à propriedade ou à posse da terra e demais meios de produção directamente utilizados na sua exploração por parte daqueles que a trabalham.
Constituição da República Portuguesa. VII Revisão Constitucional [2005]. Artigo 93º
2. Reflexão
No início da criação, Deus criou o homem para ser guardião da sua obra, con-fiando-lhe o encargo de a cultivar e proteger. […] Preocupa-me o desenraiza-mento de tantos irmãos camponeses que sofrem por este motivo e não por guerras ou desastres naturais. A monopolização de terras, a desflorestação, a apropriação da água, os pesticidas inadequados, são alguns dos males que arrancam o homem da sua terra natal. Esta dolorosa separação não é só física mas também existencial e espiritual, porque existe uma relação com a terra que está a pôr a comunidade rural e o seu peculiar estilo de vida em decadên-cia evidente e até em risco de extinção. […]
A outra dimensão do processo já global é a fome. Quando a especulação finan-ceira condiciona o preço dos alimentos tratando-os como uma mercadoria qualquer, milhões de pessoas sofrem e morrem de fome. Por outro lado, des-cartam-se toneladas de alimentos. Isto constitui um verdadeiro escândalo. A fome é criminosa, a alimentação é um direito inalienável.
PAPA FRANCISCO – Discurso aos Participantes no Encontro Mundial dos Movimentos Populares (28 de Outubro de 2014)
3. Gesto de Paz
Acende-se a PRIMEIRA VELA da Coroa do Advento.
Ao acendermos a primeira vela da Coroa do Advento, pensamos na nossa rela-ção com a natureza e nos gestos que fazemos (ou não) todos os dias para a preservar e respeitar cada vez mais: evitar gastos desnecessários de água e electricidade, separar os resíduos, utilizar os transportes públicos, cuidar de uma horta ou das plantas na nossa varanda, adquirir produtos frescos directamente do produtor, …
O que podemos fazer mais? O que nos falta ainda fazer?
Neste 1º Domingo do Advento comprometemo-nos a _________________________
4. Oração
1. Senhor, Deus de Abraão e dos Profetas, Deus Amor que nos criaste e chamas a viver como irmãos, dá-nos a força para sermos cada dia ar-tesãos da paz; dá-nos a graça da coragem de sair de tudo aquilo que é destruição, devastação, relativismo de vida, exclusão do próximo, ex-clusão dos valores, exclusão da paz.
Todos: Senhor, dá-nos Tu a paz, ensina-nos Tu a paz, guia-nos Tu para a paz!
5. Bênção
1. O Senhor abra os nossos olhos e os nossos corações e nos dê a coragem de dizer: «Nunca mais a guerra!».
Todos: Glória a Deus, nosso Pai, para sempre. Ámen.
1. O Senhor infunda em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz.
Todos: Glória a Deus, nosso Pai, para sempre. Ámen.
In: «Não havia lugar para eles...» (Lc 2,7). Contributos para a celebração do Advento 2014. Esta brochura está disponível online aqui.
Etiquetas: ADVENTO, ADVENTO 2014, ESPIRITUALIDADE E TEOLOGIA DA PAZ
ADVENTO 2014
Ele virá!
«Trago comigo um sonho: este povo escravizado há-de entrar, resgatado, na sua pátria», terá pensado Moisés.
O Advento é uma certeza, tecida de um feixe de possíveis: Ele virá! Ele é o Senhor, apresentado na nossa carne e desejoso de ganhar tempo connosco.
Esta pausa de espera envolve as nossas buscas. Para tantos, os dramas da história e de seus acontecimentos são demasiadamente irrisórios para encantarem Deus. A trivialidade da abjecção ou o espanto da barbárie não uniformizam, à justa, o Libertador de um novo povo.
Pois esta é a “mudança de mentalidade” (metanóia) a ser conquistada: como pensar de acordo com o olhar criador? Que transformar nesta “carne universal”, nesta natureza/ambiente, de que somos cooperadores, nesta cidade global da nossa fraternidade, a tempo cheio?
a) A outorga do desenvolvimento e o encargo de promover este mundo esbarraram no desencanto de não ser de todos o que lhes foi depositado em mãos. A água é de alguns, a terra é presa fácil da rapina, o chão é solo dizimado para o nascer do trigo e da beleza natural. A experiência do sector agrário evoca-nos a saga de aspirações e tristezas, de interesses e injustiças, de soluções inadequadas para quem é senhor ou para quem trabalha as leiras dos outros. A terra, forno de pão, é também campa rasa de esperanças.
b) A casa é um espaço de inclusão. É o fogo que aquece as pessoas e ilumina o viver comum. Dormir na rua é um texto do desequilíbrio social. Era preciso saber soletrar esta escrita de vergonha, ao lado da perseguição a crianças, idosos, a quem está a mais. Os pobres sem eira nem beira são o emblema duma civilização traída: pessoas arrumadas à parte, cinturas malditas da situação urbana, expulsão sempre em nome do bom senso. E em nome da dignidade da casa, como é possível matar-se, pela violência, um ou mais dos seus habitantes?!
c) Quem não repara nos lugares vazios no sector do emprego, desclassificando uma sociedade que busca um trabalho sempre digno e inteligente? Constituímos um amontoado de gente, sem sensibilidade nem objectivos, assistindo à morte, em vida, de jovens, adultos, famílias. A fome de crianças, o exílio forçado pela emigração, as angústias pelo presente e o futuro... são histórias de pessoas amordaçadas pelo indevido. As esperanças desenganadas só encontram o silêncio e o medo dos interlocutores? Por que nos calamos? Por que não lavramos a dureza da hora actual?
d) Como é possível sonhar a paz, se a justiça, como o azeite na almotolia, já não escorre?!
«Procuremos ser uma Igreja que encontra novos caminhos» (Papa Francisco).
«Nossa dor advém (…) das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. (…) A dor é inevitável. O sofrimento é opcional» (Carlos Drumond de Andrade).
Ele virá!
+ Januário Torgal Ferreira
Novembro de 2014
In: «Não havia lugar para eles...» (Lc 2,7). Contributos para a celebração do Advento 2014. Esta brochura está disponível online aqui.
«Trago comigo um sonho: este povo escravizado há-de entrar, resgatado, na sua pátria», terá pensado Moisés.
O Advento é uma certeza, tecida de um feixe de possíveis: Ele virá! Ele é o Senhor, apresentado na nossa carne e desejoso de ganhar tempo connosco.
Esta pausa de espera envolve as nossas buscas. Para tantos, os dramas da história e de seus acontecimentos são demasiadamente irrisórios para encantarem Deus. A trivialidade da abjecção ou o espanto da barbárie não uniformizam, à justa, o Libertador de um novo povo.
Pois esta é a “mudança de mentalidade” (metanóia) a ser conquistada: como pensar de acordo com o olhar criador? Que transformar nesta “carne universal”, nesta natureza/ambiente, de que somos cooperadores, nesta cidade global da nossa fraternidade, a tempo cheio?
a) A outorga do desenvolvimento e o encargo de promover este mundo esbarraram no desencanto de não ser de todos o que lhes foi depositado em mãos. A água é de alguns, a terra é presa fácil da rapina, o chão é solo dizimado para o nascer do trigo e da beleza natural. A experiência do sector agrário evoca-nos a saga de aspirações e tristezas, de interesses e injustiças, de soluções inadequadas para quem é senhor ou para quem trabalha as leiras dos outros. A terra, forno de pão, é também campa rasa de esperanças.
b) A casa é um espaço de inclusão. É o fogo que aquece as pessoas e ilumina o viver comum. Dormir na rua é um texto do desequilíbrio social. Era preciso saber soletrar esta escrita de vergonha, ao lado da perseguição a crianças, idosos, a quem está a mais. Os pobres sem eira nem beira são o emblema duma civilização traída: pessoas arrumadas à parte, cinturas malditas da situação urbana, expulsão sempre em nome do bom senso. E em nome da dignidade da casa, como é possível matar-se, pela violência, um ou mais dos seus habitantes?!
c) Quem não repara nos lugares vazios no sector do emprego, desclassificando uma sociedade que busca um trabalho sempre digno e inteligente? Constituímos um amontoado de gente, sem sensibilidade nem objectivos, assistindo à morte, em vida, de jovens, adultos, famílias. A fome de crianças, o exílio forçado pela emigração, as angústias pelo presente e o futuro... são histórias de pessoas amordaçadas pelo indevido. As esperanças desenganadas só encontram o silêncio e o medo dos interlocutores? Por que nos calamos? Por que não lavramos a dureza da hora actual?
d) Como é possível sonhar a paz, se a justiça, como o azeite na almotolia, já não escorre?!
«Procuremos ser uma Igreja que encontra novos caminhos» (Papa Francisco).
«Nossa dor advém (…) das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. (…) A dor é inevitável. O sofrimento é opcional» (Carlos Drumond de Andrade).
Ele virá!
+ Januário Torgal Ferreira
Novembro de 2014
In: «Não havia lugar para eles...» (Lc 2,7). Contributos para a celebração do Advento 2014. Esta brochura está disponível online aqui.
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quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Cristianos y musulmanes condenan el extremismo y la violencia cometidos en nombre de la religión | NEWS.VA
terça-feira, 25 de novembro de 2014
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Regime de incompatibilidades políticas é necessário | Agência Ecclesia
Agência Ecclesia - Igreja/Estado: Regime de incompatibilidades políticas é necessário
José Miguel Sardica indica que a Igreja deve ser uma voz ponderada e supra política capaz de apontar verdades económicas, morais e sociais
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
«Não havia lugar para eles...» (Lc 2,7). Contributos para a celebração do Advento 2014
«Falamos de terra, de trabalho, de casa. Falamos de trabalhar pela paz e de cuidar da natureza. Mas então por que nos habituamos a ver como se destrói o trabalho digno, se despejam tantas famílias, se afastam os camponeses, se faz guerra e se abusa da natureza? Porque neste sistema o homem, a pessoa humana foi deslocada do centro e substituída por outra coisa. Porque se presta um culto idolátrico ao dinheiro. Porque se globalizou a indiferença! A indiferença foi globalizada: que me importa o que acontece aos outros para defender o que é meu? Porque o mundo se esqueceu de Deus, que é Pai; tornou-se órfão porque pôs Deus de lado.»
Estas palavras, interpelantes e denunciadoras de uma mentalidade cada vez mais corrente, foram proferidas, no passado dia 28 de Outubro, pelo Papa Francisco durante o discurso aos participantes no Encontro Mundial dos Movimentos Populares, promovido pelo Pontifício Conselho Justiça e Paz e pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais.
Deste discurso foram retirados os textos para esta brochura que a Pax Christi Portugal, como vem sendo habitual, preparou para o tempo de Advento, com contributos para a sua celebração e vivência seja na paróquia, em família ou em grupo, tendo como ideia central a temática da Paz.
Neste nosso tempo em que, cada vez mais, a pessoa humana é considerada como um objecto que se usa e deita fora, celebrar o Advento, tempo de expectativa, de esperança e de preparação para a vinda do Senhor, é renovar a certeza de que «aos olhos de Deus não há material descartável, só há dignidade» (Papa Francisco).
Neste tempo de Advento, em expectativa vigilante, alimentada pela oração e pelo compromisso efectivo do serviço, empenhemo-nos para que na nossa casa, comunidade, cidade, país, mundo, não haja excluídos, mas, pelo contrário, haja sempre lugar para todos.
«Não havia lugar para eles...» (Lc 2,7). Contributos para a celebração do Advento 2014 está disponível para impressão em dois formatos: Livro dobrado ou em A5 simples.
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Diálogo Inter-religioso: Oração pela paz em Lisboa reuniu cristãos, judeus e muçulmanos | Agência Ecclesia
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Papa Francisco: Visita a la sede de la FAO con motivo de la II Conferencia Internacional sobre la Nutrición (20 de noviembre de 2014)
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Reflexão da CNJP sobre a Exortação Apostólica «Evangelii Gaudium»
A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) publicou um documento de reflexão sobre a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Conferência Nacional "A Dimensão Social da Evangelização" | Comissão Nacional Justiça e Paz
Comissão Nacional Justiça e Paz
Conferência Nacional "A Dimensão Social da Evangelização"
Programa e inscrições
[programa | inscrições]
"O Islão hoje" | O MOVIMENTO GRAAL EM PORTUGAL
Terraço em Diálogo - 3.º Encontro: "O Islão hoje" : O 3.º encontro do Terraço em Diálogo conta agora com a presença de presença de AbdoolKarim A. Vakil, muçulmano, Prof. de História no King’s College London, questionado por André Folque, jurista, colaborador do Provedor de Justiça, e membro da Comissão da Liberdade Religiosa. ...
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Papa quer mais mobilização contra «violência absurda» sofrida pelos cristãos | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
The Heads of churches in Jerusalem in solidarity visit to the Haram Asharif compound | Latin Patriarchate of Jerusalem
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Colóquio internacional de teologias feministas reflete sobre reforma da Igreja | Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
sábado, 8 de novembro de 2014
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
“A América e a Rússia só querem saber dos seus próprios interesses na Síria” - PÚBLICO
“A América e a Rússia só querem saber dos seus próprios interesses na Síria” - PÚBLICO. O patriarca Gregorios III diz que “Assad matou pessoas por causa da situação” e que a paz só não chega "porque falta um consenso" entre os grandes poderes. ...
Liberdade religiosa no mundo em “grave declínio” | Religionline
Religionline: Liberdade religiosa no mundo em “grave declínio”: Relatório apresentado esta terça-feira em Lisboa com presença de arcebispo libanês; perseguição de minorias e estados uniconfessionais provocam aumento dramático de refugiados; patriarca greco-melquita traça retrato trágico da situação na Síria. ...
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Cristãos são cada vez mais perseguidos, revela fundação pontifícia | Agência Ecclesia
Agência Ecclesia - Direitos Humanos: Cristãos são cada vez mais perseguidos, revela fundação pontifícia
Lisboa, 04 nov 2014 (Ecclesia) - O Relatório 2014 sobre a liberdade religiosa no mundo, da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), revela que os cristãos são o grupo mais atingido pelas violações a este direito, em particular no Médio e Extremo Oriente.
O documento, divulgado hoje, realça o impacto negativo da criação ou reforço de “Estados uniconfessionais”, como é visível no caso do autoproclamado ‘Estado Islâmico’. ...
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Os cristãos britânicos e alemães que fizeram tudo para impedir o deflagrar da I Grande Guerra | Religionline
Religionline: Os cristãos britânicos e alemães que fizeram tudo ...: Livro – Texto de Silas de Oliveira. Meia dúzia de anos antes de 1914, duas delegações de mais de uma centena de representantes das principais Igrejas cristãs, tanto das Ilhas Britânicas como da Alemanha, trocaram entre si duas visitas organizadas ao mais alto nível, com o objectivo expresso de promoverem o entendimento recíproco e a defesa da paz. ...