A principal lacuna presente em tantas atitudes dos ambientalistas - apesar de serem subjectivamente generosas, mas fracas do ponto de vista cultural - talvez seja a de quererem salvar a natureza, concentrando-se na própria natureza. Neste livro, editado pela
Diel e prefaciado por D. José Policarpo,
Mons. Giampaolo Crepaldi (Secretário do
Conselho Pontifício Justiça e Paz e Presidente do
Observatório Internacional Card. Van Thuân sobre a Doutrina Social da Igreja), na sua intervenção, demonstra que, para conseguirmos obter resultados, temos de nos concentrar não na natureza entendida materialmente, mas sim no homem e na sua vocação e em Deus, que quis associar o homem à sua criação. Parece um paradoxo mas, para desenvolvermos uma cultura do ambiente natural, é preciso distanciar-nos e olharmos para o que é verdadeiramente essencial: o bem autêntico da pessoa humana e o verdadeiro bem comum.
Paolo Togni (Professor de Direito Público) é um jurista e administrador nato. Abordando os temas do ambiente de forma tudo menos conformista, na sua intervenção defende primeiramente a inserção da a matéria ambiental no contexto institucional, chegando mesmo a desejar que ela ascenda ao nível de primeira "preocupação" do Governo. Arrumado o aspecto teórico, delineia depois um esboço robusto e concreto de um programa ambiental, definido assim o índice de uma "Suma" ambiental que ainda não foi escrita. A ligação com o texto de Monsenhor Crepaldi é garantida através da adesão bem fundamentada e assaz radicada de Paolo Togni aos princípios da Doutrina Social da Igreja.
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