a OBSERVATÓRIO DA PAX: setembro 2014

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Líderes da Pax Christi Internacional preocupados que os ataques aéreos ajudem ao recrutamento do EIIL

Numa entrevista ao Catholic News Service, os co-Presidentes da Pax Christi Internacional, bispo Kevin Dowling e Marie Dennis, juntamente com o Secretário Geral José Henríquez, sugeriram várias caminhos que podem ser implementados para trazer uma paz duradoura à região devastada pela violência e controlada pelas forças do Estado Islâmico no Iraque e Levante (EIIL). Os líderes da Pax Christi fazem um apelo ao mundo, particularmente às Nações Unidas, para trabalharem juntos na busca de alternativas não-violentas que impeçam a expansão e a influência do EIIL no Iraque e na Síria.

Leia a entrevista original (em inglês) aqui. Tradução espanhola aqui.

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sábado, 13 de setembro de 2014

Papa Francisco: "A guerra é uma loucura"

O Papa Francisco voltou a denunciar a «loucura da guerra», alimentada pelos «planificadores do terror» e dos «organizadores do conflito», sedentos de dinheiro e de poder. A severa admoestação do Pontífice ressoou na manhã de 13 de Setembro, durante a missa celebrada em Redipuglia (Itália), na recordação do centenário da primeira guerra mundial.


Depois de ter contemplado a beleza da paisagem desta região inteira, onde homens e mulheres trabalham cuidando da sua família, onde as crianças brincam e os anciãos sonham... ao encontrar-me aqui, neste lugar, só me apetece dizer: a guerra é uma loucura.

Enquanto Deus cuida da sua criação e nós, os homens, somos chamados a colaborar na sua obra, a guerra destrói; destrói até mesmo o que Deus criou de mais belo: o ser humano. A guerra tudo transtorna, incluindo a ligação entre irmãos. A guerra é louca, propõe a destruição como plano de desenvolvimento: querer desenvolver-se através da destruição!

A ganância, a intolerância, a ambição do poder... são motivos que impelem à opção bélica. E tais motivos são muitas vezes justificados por uma ideologia; mas, antes desta, existe a paixão, o impulso desordenado. A ideologia é uma justificação e, mesmo quando não há uma ideologia, pensa-se: «A mim, que me importa?» Tal foi a resposta de Caim: «Sou, porventura, guarda do meu irmão?» (Gn 4,9). A guerra não respeita ninguém: nem idosos, nem crianças, nem mães, nem pais... «A mim, que me importa?»

Por cima da entrada deste cemitério, campeia irónico o lema da guerra: «A mim, que me importa?» Todas as pessoas, cujos restos repousam aqui, tinham seus projectos, seus sonhos, mas as suas vidas foram ceifadas. A humanidade disse: «A mim, que me importa?»

E mesmo hoje, depois do segundo falimento de outra guerra mundial, talvez se possa falar de uma terceira guerra combatida «por pedaços» com crimes, massacres, destruições…

Para ser honestos, os jornais deveriam ter como título da primeira página: «A mim, que me importa?» Caim diria: «Sou, porventura, guarda do meu irmão?»

Esta atitude é, exactamente, o contrário daquilo que Jesus nos pede no Evangelho que ouvimos: Ele está no mais pequeno dos irmãos; Ele, o Rei, o Juiz do mundo, é o faminto, o sedento, o estrangeiro, o doente, o encarcerado... Quem cuida do irmão, entra na alegria do Senhor; quem, pelo contrário, não o faz, quem diz, com as suas omissões, «a mim, que me importa?», fica fora.

Há aqui muitas vítimas. Hoje recordamo-las: há o pranto, há a tristeza. E daqui recordamos todas as vítimas de todas as guerras.

Também hoje as vítimas são tantas... Como é possível isto? É possível, porque ainda hoje, nos bastidores, existem interesses, planos geopolíticos, avidez de dinheiro e poder; e há a indústria das armas, que parece ser tão importante!

E estes planificadores do terror, estes organizadores do conflito, bem como os fabricantes das armas escreveram no coração: «A mim, que me importa?»

É próprio dos sábios reconhecer os erros, provar tristeza por eles, arrepender-se, pedir perdão e chorar.

Com esta disposição «a mim, que me importa?» que têm no coração, os negociantes da guerra talvez ganhem muito, mas o seu coração corrupto perdeu a capacidade de chorar. Aquele «a mim, que me importa?» impede de chorar. Caim não chorou. Hoje a sombra de Caim estende-se sobre nós aqui, neste cemitério. Vê-se aqui! Vê-se na história que vem de 1914 até aos dias de hoje; e vê-se também nos nossos dias.

Com coração de filho, de irmão, de pai, peço a vós todos e para todos nós a conversão do coração: passar daquele «a mim, que me importa?» para o pranto. Por todos os mortos daquele «inútil massacre», por todas as vítimas da loucura da guerra de todos os tempos, a humanidade precisa de chorar; e esta é a hora do pranto.

News.va

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terça-feira, 9 de setembro de 2014

A PAX CHRISTI DAQUI A 10 ANOS: O QUE QUEREMOS QUE SEJA?

Onde queremos que a Pax Christi esteja daqui a 10 anos?

Não pretendemos fazer um exercício de retórica, nem se trata de uma questão simples. Queremos convidar-vos a sonhar, a imaginar, como podemos trazer a fantástica história e a rica tradição da Pax Christi, movimento católico internacional para paz, para o contexto presente e para os desafios que enfrentamos.
Pondo de lado as fórmulas familiares, somos convidados a ser criativos e a imaginar um futuro brilhante baseado nos melhores momentos da história do nosso movimento.
Membros ou não, apenas amigos ou conhecidos, todos temos uma palavra a dizer, um contributo a dar.
Assim queremos pedir a vossa participação nesta reflexão, respondendo, de forma clara e breve, às seguintes perguntas:

1. Enfrentamos desafios que questionam a nossa identidade: Como podemos afirmar-nos enquanto movimento para a paz, entre tantos outros similares? O que nos distingue? Qual o nosso contributo específico, único?

2. Que conhecimentos e experiências podemos oferecer?

3. De que recursos (humanos, financeiros, …) precisamos?


As respostas podem ser enviadas para paxchristi_pt@hotmail.com, de preferência até ao dia 17 de Setembro.

Depois de recebermos as vossas respostas, será elaborada uma síntese, a qual servirá de base para um encontro de reflexão, a realizar no dia 4 de Outubro, onde queremos contar com a presença de todos vós, ou pelo menos de muitos de vós!

Pax Christi Portugal


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