Para o cristianismo, o próximo vem antes do nacionalismo
Nestes dias parece voltar ao auge, em alguns países, uma forma de nacionalismo religioso-cultural. A religião é usada quer para fins de consenso pessoal, quer para lançar uma mensagem política que se identifica com a fidelidade e a devoção das pessoas a um Estado. Dá-se como adquirido que nele as pessoas têm em comum a identidade, a origem, a história, e que elas sustentam uma homogeneidade ideológica, cultural e religiosa, consolidada pelas fronteiras geopolíticas. Na realidade, no mundo globalizado contemporâneo não há nenhuma, entre as entidades geográficas que podem definir-se por “nações”, que tenha no seu interior uma só identidade homogénea sob o perfil linguístico ou religioso, ou de qualquer outro ponto de vista. Por conseguinte, um nacionalismo radical só é possível se ele elimina essa diversidade. Daqui resulta que é mais do que nunca necessário realizar uma libertadora desconstrução do nacionalismo. Sejamos claros: o nacionalismo nunca pode ser confundido com o patriotismo. Com efeito, enquanto o patriota se orgulha do seu país por aquilo que faz, o nacionalista orgulha-se do seu país, faça o que fizer; o primeiro contribui para criar sentido de responsabilidade, enquanto o segundo conduz a uma arrogância cega que conduz à guerra. [...] Ler +
Etiquetas: CULTURA DA PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA, EDUCAÇÃO PARA A PAZ E A NÃO-VIOLÊNCIA, ESPIRITUALIDADE E TEOLOGIA DA PAZ
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