a OBSERVATÓRIO DA PAX: Fazei desabrochar a Paz... Reflexões para o Advento 2019 - 2ª Semana

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Fazei desabrochar a Paz... Reflexões para o Advento 2019 - 2ª Semana


Fazei desabrochar a Paz...

2ª SEMANA

Nestes tempos, em particular, vivemos num clima de desconfiança que está enraizada no medo do outro ou do forasteiro, na ansiedade pela perda das próprias vantagens, e manifesta-se também, infelizmente, a nível político mediante atitudes de fechamento ou nacionalismos que colocam em questão aquela fraternidade de que o nosso mundo globalizado tanto precisa.

PAPA FRANCISCO, «A boa política está ao serviço da paz». Mensagem para a celebração do dia mundial da paz 2019, n. 5


REFLEXÃO

A educação deve encorajar uma visão positiva dos seres humanos que são diferentes de nós em matéria de etnia ou religião e que são frequentemente referidos como o “outro” (cf. Mateus 7,12). É preciso apurar qualquer inadequação e imprecisão na apresentação de outras religiões ou comunidades minoritárias, em situações em que os membros de um determinado grupo religioso ou étnico controlam os sistemas educativos e os planos curriculares. Tal parcialidade contra as minorias pode afetar não só o plano curricular da educação religiosa, mas também a de outras disciplinas, como história e literatura. Pode também estimular a perceção de que os membros da “outra” comunidade não são cidadãos de pleno direito nem em pé de igualdade, ou que não contribuíram para a construção da nação. É essencial que em todos os países a aprendizagem sobre a fé e a experiência de tais “outros” faça parte integrante da educação, preferencialmente de uma forma que permita a esses outros contribuírem para o processo. Para evitar distorções ou invisibilidades, é essencial que os livros didáticos que são usados para ensinar sobre a fé e a história das comunidades religiosas minoritárias sejam escritos, ou pelo menos revistos, por representantes das próprias comunidades. Além disso, os membros de todas as comunidades religiosas necessitam de uma sólida formação na sua própria tradição religiosa, bem como uma boa informação sobre o outro, como uma base para o diálogo. Ao aprenderem sobre a sua própria tradição religiosa, as pessoas precisam de o fazer de um modo que não promova a arrogância.

CONSELHO PONTIFÍCIO PARA O DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO e CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS, Educação para a paz num mundo multirreligioso: Perspetiva Cristã, 2019, pp. 12-13.

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