ADVENTO 2014: 2º DOMINGO DO ADVENTO
1. Ambientação
Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão adequada, em condições de higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar.
Constituição da República Portuguesa. VII Revisão Constitucional [2005]. Artigo 65º
2. Reflexão
Já o disse e repito-o: uma casa para cada família. Nunca se deve esquecer que Jesus nasceu num estábulo porque não havia lugar nas estalagens, que a sua família teve que abandonar a própria casa e fugir para o Egipto, perseguida por Herodes. Hoje há tantas famílias sem casa, porque nunca a tiveram ou porque a perderam por diversos motivos. Família e casa caminham juntas! Mas um tecto, para que seja um lar, deve ter também uma dimensão comunitária: o bairro, e é precisamente no bairro que se começa a construir esta grande família da humanidade, a partir daquilo que é mais imediato, da convivência com a vizinhança. Hoje vivemos em cidades imensas que se mostram modernas, orgulhosas e até vaidosas. Cidades que oferecem numerosos prazeres e bem-estar para uma minoria feliz, mas nega-se uma casa a milhares de vizinhos e irmãos nossos, até crianças, e chamamos-lhes, elegantemente, «pessoas sem-abrigo». […] Uma pessoa, uma pessoa segregada, é uma pessoa excluída, que está a sofrer devido à miséria, à fome, é uma pessoa desabrigada; expressão elegante, não é? […]
Vivemos em cidades que constroem torres, centros comerciais, fazem negócios imobiliários mas abandonam uma parte de si às margens, nas periferias. Como faz mal ouvir que as povoações pobres são marginalizadas ou, pior ainda, que as querem deslocar! São cruéis as imagens dos despejos, das gruas que abatem barracas, imagens tão parecidas com as da guerra. E hoje vê-se isto.
PAPA FRANCISCO – Discurso aos Participantes no Encontro Mundial dos Movimentos Populares (28 de Outubro de 2014)
3. Gesto de Paz
Acende-se a SEGUNDA VELA da Coroa do Advento.
Ao acendermos a segunda vela da Coroa do Advento, olhamos em redor para a nossa casa, a nossa igreja, a nossa sala e pensamos em todos os que não têm um abrigo, um espaço que chamem seu, que os proteja e lhes permita uma vida digna. Até quando vamos aceitar passivamente que irmãos e irmãs nossos/as sobrevivam sem ter um lugar neste mundo, nesta terra, nesta cidade, que é de todos? O que podemos fazer para combater esta indignidade?
Neste 2º Domingo do Advento comprometemo-nos a _________________________
4. Oração
1. Senhor, Deus de Abraão e dos Profetas, Deus Amor que nos criaste e chamas a viver como irmãos, dá-nos a força para sermos cada dia ar-tesãos da paz; dá-nos a graça da coragem de sair de tudo aquilo que é destruição, devastação, relativismo de vida, exclusão do próximo, ex-clusão dos valores, exclusão da paz.
Todos: Senhor, dá-nos Tu a paz, ensina-nos Tu a paz, guia-nos Tu para a paz!
5. Bênção
1. O Senhor abra os nossos olhos e os nossos corações e nos dê a coragem de dizer: «Nunca mais a guerra!».
Todos: Glória a Deus, nosso Pai, para sempre. Ámen.
1. O Senhor infunda em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz.
Todos: Glória a Deus, nosso Pai, para sempre. Ámen.
In: «Não havia lugar para eles...» (Lc 2,7). Contributos para a celebração do Advento 2014. Esta brochura está disponível online aqui.
Etiquetas: ADVENTO, ADVENTO 2014, ESPIRITUALIDADE E TEOLOGIA DA PAZ
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