a OBSERVATÓRIO DA PAX: A consciência ecuménica: interpelação aos cristãos católicos portugueses

sábado, 18 de janeiro de 2014

A consciência ecuménica: interpelação aos cristãos católicos portugueses

Ao iniciarmos a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos 2014: "Estará Cristo dividido? (1 Cor 1,1-17)", que irá decorrer entre 18 e 25 de janeiro, propomos para reflexão/interpelação um excerto do artigo de José Eduardo Borges de Pinho, A questão ecuménica: interpelação à consciência católica no contexto português - II, publicado na revista Brotéria (159 (2004) 228-229).


Tendo em conta a viragem que o Vaticano II significou em termos ecuménicos e tomando consciência das orientações que dele resultam nesta matéria, a pergunta concreta é a de saber em que medida a Igreja em Portugal está a corresponder ao espírito ecuménico conciliar. Uma pergunta que se pode especificar, de alguma forma a título de exemplo, numa série de questões:

- Que lugar ocupa a consciência ecuménica na vida quotidiana dos católicos e das comunidades católicas portugueses?

Que conhecimento têm os católicos portugueses das orientações do magistério da Igreja nesta matéria e da realidade das outras confissões cristãs no nosso país?

Em quantas dioceses e comunidades cristãs há uma Comissão ou Grupo especialmente dedicado à consciencialização e acção no campo ecuménico?

Em quantas celebrações dominicais nas nossas comunidades cristãs se reza habitualmente pela unidade da Igreja?

Que iniciativas concretas dão forma à consciência ecuménica dos católicos portugueses em cada ano, para além da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, de resto uma iniciativa reduzida a algumas paróquias e dioceses?

Que importância atribuem os principais responsáveis da Igreja a esta questão, para além do trabalho desenvolvido no âmbito da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé?

Porquê a Igreja Católica no nosso país não faz parte do Conselho Português das Igrejas Cristãs, como acontece em muitos outros países, também na Europa?

Porquê não há, praticamente, tomadas de posição comum (da Igreja Católica com outras Igrejas cristãs existentes em Portugal) sobre questões importantes da nossa vida comunitária?

Que valor dá, tanto em termos de legislação como de ordem prática, a consciência católica ao direito à liberdade religiosa, aliás um elemento-chave da doutrina conciliar, com amplo alcance precisamente no campo ecuménico?

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