Jerusalém: um erro perigoso e desnecessário
Desde a criação do estado de Israel em 1948, que os Estados Unidos vêm mantendo uma ligação muito especial a este país. Independentemente do partido a que pertencem, todos os presidentes norte-americanos fazem questão de proclamar a importância dessa ligação histórica que se tornou, com a passagem do tempo, uma espécie de garantia oficial e definitiva da sua independência. Trata-se de uma ligação que se deve não só ao peso financeiro e político que a comunidade judaica sempre teve nos Estados Unidos, mas também à política anti-israelita que muitos responsáveis palestinianos foram revelando ao longo do tempo, num comportamento traduzido no apoio a movimentos radicais que recusam aceitar a independência de Israel.
Apesar disso, esta ligação histórica confrontou-se sempre com algumas linhas vermelhas que o governo de Telavive nunca se atreveu a ultrapassar, sob pena de perder o apoio incondicional que sempre recebeu de Washington, e sem o qual dificilmente poderia sobreviver. Entre essas linhas vermelhas, podemos referir a que se prende com o estatuto de Jerusalém, a cidade santa que também o é para cristãos e muçulmanos. Não obstante toda carga histórica e simbólica desta cidade, ou talvez por isso mesmo, os fundadores do novo estado de Israel nunca se atreveram a considerá-la como sua capital, embora não faltasse quem guardasse esse desejo bem no fundo do coração. E isto foi sempre assim, até ao momento em que Donald Trump chegou à Casa Branca. [...] Ler +
Fonte: Voz Portucalense
Etiquetas: MÉDIO ORIENTE
<< Home