E a nossa hospitalidade para com a Casa Comum?
Por Catarina Sá Couto
Hospitalidade, saber ser acolhido e acolher, foi o tema reflectido nas orações da noite e nas reflexões dos jovens em pequenos grupos, ao longo do encontro europeu anual da “Peregrinação da Confiança” em Madrid; essa foi a proposta da comunidade de Taizé para o tema a ser desenvolvido nos encontros durante o ano de 2019.
Num encontro europeu de Taizé este tema, por força das circunstâncias, toca especialmente todos os participantes atendendo ao facto de estarmos fora das nossas cidades: dão-nos de comer e um sítio para dormir, integrados em paróquias ou famílias de acolhimento que nos recebem. A hospitalidade não foi para nós só uma ideia ou um conceito abstracto; foi, sim, a realidade do dia-a-dia.
Além do importante tema dos migrantes e refugiados que chegam às nossas fronteiras, há outro tipo de hospitalidade que, como seguidores de Jesus, devemos ter em conta:
A hospitalidade na nossa Casa Comum, o planeta.
A maior convergência entre todas as religiões é a fé no Deus Criador. Em Genésis 1, lemos que Deus criou a luz, o céu, a Terra, os astros, as aves, os seres vivos que andam na água e na terra, animais domésticos e selvagens. Depois de cada criação, há uma conclusão: "Deus viu que era bom". O ser humano foi a última criação de Deus, acolhido, assim, por tudo quanto já existia.
Nos dias que correm, subsistem, então, as seguintes perguntas:
Estaremos a saber ser acolhidos na nossa casa comum?
Mostramos gratidão por tudo o que Deus gratuitamente nos ofereceu e continua a oferecer-nos?
Estaremos a ser fiéis a Deus se descuidamos algo que "Deus viu que era bom" [+]
7 Margens – jornal digital de religiões, espiritualidades e culturas
Etiquetas: CULTURA DA PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA, ECOLOGIA PAZ E ESTILOS DE VIDA, ESPIRITUALIDADE E TEOLOGIA DA PAZ
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