a OBSERVATÓRIO DA PAX: O caminho da não-violência: A seis novos embaixadores o Papa indicou o método para resolver os conflitos

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

O caminho da não-violência: A seis novos embaixadores o Papa indicou o método para resolver os conflitos

Há um só caminho a percorrer para resolver os conflitos: o da não-violência. O Papa Francisco está tão convicto disto que, depois de o ter indicado na mensagem para o próximo dia mundial da paz, voltou a repropô-lo na manhã de quinta-feira, 15 de dezembro, recebendo seis novos embaixadores acreditados junto da Santa Sé.

Trata-se dos representantes da Suécia, Fiji, Moldávia, Maurício, Tunísia e Burundi – duas mulheres e quatro homens – aos quais o Pontífice recordou que a não-violência é «um exemplo típico de valor universal, que encontra no Evangelho de Cristo o seu cumprimento mas que pertence também a outras nobres e antigas tradições epirituais». Além disso, observou, «num mundo como o atual, marcado por guerras e numerosos conflitos, e também por uma violência difundida, a escolha da não-violência torna-se cada vez mais uma exigência de responsabilidade a todos os níveis»: a educação na família, o compromisso social e civil, a atividade política, as relações internacionais.

Resumindo, esclareceu Francisco, é preciso «rejeitar a violência como método de resolução dos conflitos» para «os enfrentar sempre mediante o diálogo e a negociação». Este método é válido sobretudo para quantos «desempenham cargos institucionais». Inclusive porque o «estilo» da não-violência «não é sinónimo de debilidade nem de passividade mas pressupõe força de ânimo, coragem e capacidade de enfrentar as questões e os conflitos com honestidade intelectual, procurando deveras o bem comum antes e mais do que cada interesse de parte quer ideológico, económico ou político». De resto, no século passado houve muitos «exemplos luminosos do modo como a não-violência, abraçada com convicção e praticada com coerência, pode obter importantes resultados até no plano social e político». A ponto que, disse o Papa, «algumas populações, e até nações inteiras, graças ao compromisso de líderes não-violentos, conquistaram metas de liberdade e de justiça de maneira pacífica».

Eis então a convicção do Pontífice de que «o caminho da paz» nunca pode ser – concluiu – aquele «proclamado por palavras mas de facto negado perseguindo estratégias de domínio, apoiadas por gastos escandalosos com os armamentos, enquanto tantas pessoas permanecem desprovidas do necessário para viver».

Discurso do Papa

L'Osservatore Romano

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