a OBSERVATÓRIO DA PAX: agosto 2013

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Martin Luther King, Jr. faz o discurso “Eu tenho um sonho”, 1963

28 de Agosto de 1963, após a «Marcha para Washington por Emprego e Liberdade», Martin Luther King, Jr. fez o discurso mais emblemático da sua vida e um dos mais representativos na luta contra a Discriminação Racial e Étnica.

Pronunciado na escadaria do Monumento a Lincoln, em Washington, D.C., foi ouvido por mais de 250.000 pessoas de todas as etnias, reunidas na capital dos Estados Unidos da América.

A manifestação foi pensada como uma maneira de divulgar de uma forma dramática as condições de vida desesperadas dos negros no Sul dos Estados Unidos, e exigir ao poder federal um maior compromisso na segurança física dos negros e dos defensores dos direitos civis, sobretudo no Sul.

Realizada num clima muito tenso, a manifestação foi um estrondoso sucesso, e o discurso conhecido sobretudo pela frase permanentemente repetida no meio do discurso «I have a Dream» (Eu tenho um sonho), mas também pela frase que é repetida no fim – «That Liberty Ring» (Que a Liberdade ressoe), que retoma o poema patriótico «América», tornou-se, com o discurso de Lincoln em Gettysburg, um dos mais importantes da oratória americana.

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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Fraternidade, fundamento e caminho para a paz: Tema para o Dia Mundial da Paz de 1 de Janeiro de 2014

«Fraternidade, fundamento e caminho para a paz». Este é o tema do 47º Dia mundial da paz, o primeiro do Papa Francisco.

O Papa Francisco escolheu como tema da sua primeira mensagem para o Dia mundial da paz a fraternidade. Desde o início do seu ministério de bispo de Roma, o Papa frisou a importância de superar uma «cultura do descarte» e de promover a «cultura do encontro», para caminhar rumo à realização de um mundo mais justo e pacífico.

A fraternidade é um dote que cada homem e mulher traz consigo enquanto ser humano, filho do mesmo Pai. Diante dos numerosos dramas que atingem a família dos povos — pobreza, fome, subdesenvolvimento, conflitos, migrações, poluição, desigualdade, injustiça, criminalidade organizada e extremismos — a fraternidade é fundamento e caminho para a paz.

A cultura do bem-estar faz perder o sentido da responsabilidade e da relação fraterna. Os outros, em vez de nossos «semelhantes», parecem antagonistas ou inimigos, e muitas vezes são «coisificados». Não é raro que os pobres e os necessitados sejam considerados um «fardo», um impedimento ao desenvolvimento. No máximo, são objecto de ajuda assistencialista ou compassiva. Ou seja, não são vistos como irmãos, chamados a compartilhar os dons da criação, os bens do progresso e da cultura, a participar na mesma mesa da vida em plenitude, a ser protagonistas do desenvolvimento integral e inclusivo.

A fraternidade, dom e compromisso que vêm de Deus Pai, exige o compromisso de sermos solidários contra as desigualdades e a pobreza que debilitam o viver social, de cuidar de cada pessoa, especialmente do mais pequenino e indefeso, de a amar como a nós mesmos, com o Coração do próprio Jesus Cristo.

Num mundo que aumenta constantemente a própria interdependência, não pode faltar o bem da fraternidade, que vence o difundir-se daquela globalização da indiferença, que o Papa Francisco mencionou várias vezes. A globalização da indiferença deve deixar lugar a uma globalização da fraternidade.

Que a fraternidade caracterize todos os aspectos da vida, inclusive a economia, as finanças, a sociedade civil, a política, a pesquisa, o desenvolvimento e as instituições públicas e culturais.

No início do seu ministério, com uma mensagem que se põe em continuidade com a dos seus predecessores, o Papa Francisco propõe a todos o caminho da fraternidade, para dar ao mundo um rosto mais humano.

L’Osservatore Romano

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