a OBSERVATÓRIO DA PAX: janeiro 2009

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

DESARMAMENTO E DESMILITARIZAÇÃO: Audição Pública "Armas e violência: um retrato português"

A 19 de Fevereiro de 2009 o Observatório sobre a Produção, Comércio e Proliferação das Armas Ligeiras organiza uma Audição Pública para ver o que foi feito após o surto de violência do Verão de 2008 e conhecer o alcance das alterações propostas para a Nova Lei das Armas - Lei 5/2006

A Comissão Nacional Justiça e Paz, através do Observatório sobre a Produção, Comércio e Proliferação das Armas Ligeiras, vai organizar uma Audição Pública sobre o tema "Armas e violência: um retrato português", coincidindo com o terceiro aniversário da publicação da Nova Lei das Armas [Lei 5/2006]. A Audição terá lugar no próximo dia 19 de Fevereiro de 2009, pelas 17h00, no Centro Nacional de Cultura, Rua António Maria Cardoso, 68, ou Largo do Picadeiro, 10, ao Chiado, em Lisboa. (Mais ...)
CNJP

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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

CULTURA DA PAZ: Erradicar a pobreza, construir a paz

Programa 70x7 do dia 04 de Janeiro de 2009
Erradicar a pobreza, construir a paz. O trabalho da Caritas, da Pax Christi e da Comunidade de Santo Egídio.

No caso de ter problemas em visualizar o vídeo, clique aqui

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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

PAZ E ESPIRITUALIDADE: Combater a Pobreza é Construir a Paz

Desde 1968, quando Paulo VI lançou a proposta de dedicar à Paz o primeiro dia do novo ano, que os papas, através das Mensagens publicadas para tal circunstância, vêm propondo a todos os homens e mulheres temas de reflexão sobre os múltiplos elementos da construção da paz.
Para 2009, com o título “Combater a pobreza, construir a paz”, o Papa Bento XVI, propõe-nos como tema central de reflexão para a celebração do dia 1 de Janeiro, 42º Dia Mundial da Paz, o combate à pobreza e a sua relação com a construção da paz, uma vez que a primeira constitui uma séria ameaça à segunda.
A realidade é bem reveladora do axioma: “Combater a Pobreza é Construir a Paz”. Nesta nossa casa comum que é a Terra, milhões de pessoas, membros da única família humana, vivem ainda hoje, em pleno século XXI, em situação de extrema pobreza. Atentemos a alguns números: 900 milhões de seres humanos vivem com menos de 0,70€ por dia; cada 6 segundos uma criança morre de fome e há mais de 800 milhões de pessoas em países pobres que não têm comida suficiente para satisfazer as suas necessidades calóricas básicas; cerca de 11 milhões de crianças morrem antes dos 5 anos de idade devido a causas que poderiam ser evitadas; etc. No entanto, em todo o mundo, em 2007, os gastos em despesas militares ascenderam a 1,339 biliões de dólares, de acordo com o relatório anual do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz (SIPRI) divulgado em Junho de 2008, que representam 2,5% do PIB mundial e equivalem a um orçamento de 202 dólares per capita; e em 2006, segundo Jacques Diouf, Director-geral da FAO, estragou-se comida no valor de 100.000 milhões de dólares e o excesso de consumo por pessoas obesas chegou a 20.000 milhões a nível mundial.
Também o nosso país é afectado pelo estigma da pobreza. Um estudo recente do Instituto Nacional de Estatística indica que em 2006, 18% da população portuguesa vivia no limiar da pobreza, isto é, quase um quinto dos portugueses adultos vivia com cerca de 379 euros por mês. A pobreza, revela o mesmo estudo, afectava sobretudo os idosos (26%) e os menores (21%).
A pobreza atenta contra a dignidade transcendental da pessoa humana e, como salientou o Prof. Muhammad Yunus no discurso na cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz de 2006, “é a ausência de todos os direitos humanos. As frustrações, a hostilidade e a raiva geradas pela pobreza abjecta não podem garantir a paz em nenhuma sociedade. Para construir uma paz sustentada é necessário encontrar formas de criar oportunidades para que as pessoas possam ter uma vida decente”.
Reduzir para metade a pobreza extrema e a fome até 2015, foi um dos objectivos que os líderes de todo o mundo se propuseram no início do século XXI, mas a avaliação feita a meio deste período mostra lacunas e défices de concretização. No entanto, a pobreza não é uma fatalidade, porquanto o mundo dispõe dos recursos para atingir este objectivo e os outros Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, mas falta o empenhamento político para tal.
Parafraseando o Nobel da Paz de 2006, acreditamos “convictamente que podemos criar um mundo livre de pobreza se todos acreditarmos em conjunto. Num mundo livre de pobreza o único sítio onde será possível ver pobreza será nos museus. Quando as crianças em idade escolar fizerem visitas aos museus da pobreza ficarão escandalizadas com a miséria e a indignidade que alguns seres humanos tiveram de sofrer. Culparão os seus antepassados por terem tolerado esta condição desumana que durante tanto tempo existiu para tanta gente”.
A nossa geração pode acabar com a pobreza e devemos recusar-nos a perder esta oportunidade. A luta contra a pobreza e a sua erradicação da face da Terra, é, pois, uma tarefa que incumbe a todos. Ninguém se pode considerar isento ou imune. Todos nós estamos chamados a dar o nosso contributo nesse sentido.
JUNTOS PODEMOS ACABAR COM A POBREZA!

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